domingo, 5 de dezembro de 2010

Dualidade e Abandono

E o que fazer quando o escudo que você segura é muito mais pesado do qua as suas próprias forças são capazes de suportar?
E o que fazer quando enchemos a cara e o sangue com alcóol pra esquecer e tudo o que consiguimos é lembrar mais, deixar as cicatrizes mais abertas?
E o que fazer quando a dor não passa?

Dualidade.
Dois sentimentos opostos.
Amor e ódio.
Felicidade e tristeza.

E o que fazer quando quebra-se o vínculo entre a felicidade e a tristeza, quando elas deixam de andar juntos e forma-se o vácuo e dentro do vácuo, cria-se a insegurança, o medo, a incerteza?

Ser feliz de fato é realmente tão impossível assim?
É um sentimento tão inalcançável assim?

Yin Yiang.
Círculo idiota.
Símbolos de dualismo cretinos.
São tão inúteis quando o peso da infelicidade é tão maior.
Equílibrio.
Isso só funciona quando estamos bem com nós mesmos.
Procurar o equílíbro, procurar a calma, procurar a felicidade, procurar o amor.
São buscas difíceis que, sem apoio, são impossíveis de serem realizadas.

"Desejos por trás de desejos. Por tanto te odiar."

Chorar, beber, se abrir.
Rir, não beber, se fechar.
Coisa louca não?
Eu tenho que ficar nas piores situações pra falar o que sinto.

Mr. Hyde e Dr. Jeckyll me abandonam quando preciso.
Na pele aberta, no sangue regado à alcóol, o simples Ricardo aparece.
Sem escudos, sem proteções, sem barreiras.
Tudo de mim vem à tona.

5 comentários:

  1. ''Procurar o equílíbro, procurar a calma, procurar a felicidade, procurar o amor.
    São buscas difíceis que, sem apoio, são impossíveis de serem realizadas''

    Sempre vai ter a mim.

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  2. E quando tudo de você vem à tona, você compõe maravilhas de textos como esse, tão reflexivos, tão agressivos à simples mentalidade humana, como se quisesse acordá-la.

    Fodástico de novo!

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  3. ''E o que fazer quando a dor não passa?''

    É e ser paciente e esperar ela passar, um dia ela passa, um dia...
    Acho que não existe uma resposta certa pra ela passar ou um meio rápido sabe? Se existir eu não conheço.

    Eu gosto do Mr. Hyde e Dr. Jeckyll mais confesso que o Ricardo é meu preferido ele é mais amável, pena que ele é pouco trabalhado, e quando aparece está sempre sem proteção nu e cru, de braços abertos ao mundo.

    Espero um dia conhecer o Ricardo forte e bem preparado...Pode ser essa a chave do equilíbrio.
    Como um grande filosofo disse uma vez (acho q foi Rene Decartes, num lembro /hm)

    'Conhece-te a ti mesmo'

    ou algo assim HAUHSHUAHUSHUAHUSHUAHUS
    Parei com a filosofia de buteco XD

    (LL)

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  4. No pior momento só sabemos ser nós mesmos.
    E eu ainda acredito que felicidade não existe. Tampouco o oposto.
    Portanto, uma busca tão desnecessária quanto possível.

    Beijos =*

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  5. Poxa irmão, muito bom seus textos cara, vou seguir por aqui também e que bom que gostou, voltarei pra conferir. Abraço

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