quinta-feira, 10 de março de 2011

Barraca, Um céu e Febre.

Numa barraca em um lugar qualquer.
Numa noite como outra qualquer.
Deitado ao lado de uma pessoa que poderia ser ''uma qualquer''.
Mas não é.

Quando eu a vi, deitada.
Os cabelos loiros esparramados pelo colchão inflável, veio uma coisa no peito.
Um sentimento estranho sabe?
De não querer perder, saca?
Aí, eu apenas abracei.
Forte.

Levantei.
Eu estava queimando de febre.
Era madrugada.
Saí da barraca e olhei pra trás.
Você agarrou o travesseiro e se enrolou no edredon.

Eu de bermuda e camiseta.
Descalço.
E com febre.
Andei pela grama.
Olhando para o céu.
Pensando em você enquanto vou em direção à cozinha tomar um chocolate quente.
Ver se a febre e a dor no corpo abaixa.

Volto pra barraca.
Me enfio embaixo do endredon.
Você abre o olho.
Me dá um beijo.
Sorri e me abraça.
Apenas.
Volto a dormir.
Com um sorriso no canto da boca  e um certo brilho no olhar.

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