segunda-feira, 14 de março de 2011

Pombas e Hyde.

Cisca, cisca, cisca.
Vai seu rato com asas, mexa sua cabeça e pegue esse salgadinho no chão.

Parado aqui, neste ponto com a segunda latinha de uma cerveja qualquer na mão em plena segunda-feira, vejo certas coisas.
As pombas.
Uma gorda com uma verruga do tamanho de um rato peludo no pescoço.
As pombas.
A sujeira.
As pombas.
E as pessoas que só "olham para frente".
As pombas.
Patético.
Eu não gosto de pombas, então não falarei delas.
Eu gosto de pessoas, mas também não falarei delas.

Hyde: Oras, se você não vai falar nem de um, nem de outro, então por que você os citou?
Voz: Citei porque eu quis começar assim.
Hyde: Então essa porcaria de texto é para que?
Voz:  É para falar sobre o céu Hyde.
Hyde: Sobre o céu? O que o céu tem a ver com esse texto?!
Voz: Ele me reflete Hyde. Meio cinza, meio fechado, mas com um espaço aberto. Com a sombra do Sol batendo nele. Um resquício de claridade.
Hyde: Era sobre isso que você queria falar desde o começo?
Voz: Na verdade, não. Eu ia falar sobre pombas e salgadinho, mas aí eu olhei o céu e me vi nele.
Hyde: Você é um idiota. Estou indo embora.
Voz: Eu sei que sou. Tchau Hyde.

Um comentário:

  1. ''Hyde: Você é um idiota. Estou indo embora.
    Voz: Eu sei que sou. Tchau Hyde.''

    No fundo todos nós temos um céu azul, bonito e com um sol radiante, basta que o deixemos aparecer. E as nuvens cinzas? bom essas a gente deixa o vento levar pra longe.

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