domingo, 28 de novembro de 2010

Catharina, Linton e Heathcliff

No som, Mentiras, Verdades e Conhaque.
No sangue, alcóol e o efeito das drogas lícitas que eu tomo.
Na cabeça, a imagem de Catharina e Linton de mãos dadas na esquina.
Agora eu entendo o egoísmo de Heathcliff.
Sinto na pele o que ele sentia.
O tamanho daquele amor estranho e solitário.
Amor esse que se vale pela oportunidade de uma vida mais em paz, com o submisso e alegre Linton.
Por isso eu me identifico com Heathcliff.
Eu não sou santo.
Eu não sou normal.
Eu gosto do sangue, das palavras sujas.
Você gosta da estabilidade e de sempre ser a dona da razão.
Linton deixa você ser assim.
Cego, idiota e mole.
Eu nunca deixei.
Na verdade, deixei sim, mas quando vi que você tava gostando disso, tentei mudar.
E quando mudei, você saiu da casa no Morro e foi pra Granja.
Você gosta de sempre ter a palavra final.
E isso, eu não suportava.
A indecisão de Catharina, a imposição de Catharina, o fingimento de Catharina.
Vá Catharina, aguardo ansiosamente a sua morte.
Não a física, não sou assim tão sem coração quanto você alegava.
Mas a psicológica, pois você continua sendo o fantasma que me assombra de noite.

2 comentários:

  1. "Eu não sou santo. Eu não sou normal. Eu gosto do sangue, das palavras sujas"

    Somos dois, já passei por isso, e sei como é, quando nascemos pra vida torta, não tem jeito, nunca vamos poder viver com alguém que queira estabilidade. Indo muito bem com o blog, espero que não pare viu, é sempre por ter um cantinho inanimado pra gritar.

    Parabéns querido.

    ResponderExcluir
  2. "Eu não sou santo. Eu não sou normal. Eu gosto do sangue, das palavras sujas''

    No fundo todos nós somos, alguns realmente se mostram, outros apenas fingem ser normais.

    ResponderExcluir