quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Um momento que passou

Passado aquele momento da calmaria, sempre vem a tempestade.
E sempre o pior tipo.
Daquele que balança um navio.
Que destrói um mundo.

Palavras ditas.
Olhares tortos.
Mudança de tom.

Calmaria.
Onde está?
Não me peça para entender.
Eu não entendo olhos.
Eu não entendo reflexos.
Eu não entendo brilhos.

Eu sou puro texto.
Pura gramática.
Posso até dizer que sou pura matemática.
Exatamente exato.

Não entendo sujeitos ocultos.
Não sei localizar um advérbio.
Mas, também, não sei resolver uma equação com incógnitas.
Não sei localizar o X.
Nunca saber te responder o que você faz com o Y.
Então, se fujo da gramática e das contas.
O que resta pra eu entender?
Simples, assim como 2 mais 2 é igual a 5.

O contexto, o texto, o parágrado, a palavra certa.
"Palavra.
Tenho que escolher a mais bonita
Para poder dizer coisas do coração
Da letra e de quem lê
Toda palavra escrita, rabiscada
No joelho, guardanapo, chão
Ponto, pula linha, travessão"

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