Eu me sinto um foragido.
Um excluído.
Me sinto como se tivesse cometido o pior dos pecados com o melhor dos anjos.
Pois hoje, e por um longo tempo.
Serei privado da compania de tal anjo.
Onde os monstros vivem?
Eu te digo meu caro caríssimo.
Ele vive no quarto ao lado.
Trancando o anjo em seu belo quarto.
E resguardando sua porta.
Com sua vestimenta cara, seu jeito calado de andar e pensando no quão preciosa é a criatura dentro do outro quarto.
Sim, eu sei que essa criatura é preciosa.
Sei o valor dela.
Sei o quanto ela vale pra mim.
Mas parece que isso não importa tanto para o monstro.
O monstro.
Por que se fazer de aço?
Por que se cobrir com uma armadura interiça de ferro?
A vida te deu porradas?
A vida te deu coisas com as quais você não queria ter que lidar?
Pois é meu caro.
O réles mortal aqui também passou pela mesma coisa.
Temos a mesma história meu caro caríssimo.
Mas você não me conhece para falar não é mesmo?
É Seu monstro.
Eu agradeço sim, por você cuidar do meu anjo.
Mas deixe-me vê-lo, nem que seja por algumas horas do dia.
Sem que eu precise fugir de sua humilde moradia.
Então, talvez, você se sinta como "o Monstro". Talvez o Mostro proteja o anjo para que outros não se transformem nele. Para que outros não façam o que ele já fez. É uma possibilidade.
ResponderExcluirE um "réles mortal" pode também ser, além do Mostro, o Anjo. Como se, às vezes, os três se confundissem.